A água banha meu corpo quase nu e nele levo em meu ventre essência de uma vida, que me faz levitar e sonhar com essa chegada tão desejada, com esse momento tão singular.
E na pluralidade em que me encontro as emoções geradas transpõem a barreira placentária e me conecta a você.
Uma força antes adormecida transforma a minha calmaria em um manto protetor querendo te proteger em meus braços como uma leoa feroz se sentindo imortal."
Foco na minha mente emaranhada no prefácio já entendido, no estágio da minha sanidade em perigo, na pele nua que me abrigo.
Na claridade da manhã, com o vento a bater na minha pele seminua, vejo-me a contemplar um novo dia, que me mostra o quanto a minha
força de mulher sai pelos meus poros, invade a minha pele nua, e transborda no meu ser.
Revisto aquilo que sou, aquilo que não me rende, apenas me ergue e me faz ser livre.
Em dado momento, o silêncio me guia, a serenidade veste a minha pele quase nua.
Não me contento em calar, às vezes é apenas um jeito de me encontrar.
A força de mulher que me ergue deixando-me aflorar.
Quero ser invadida pela minha liberdade adquirida, pela minha força exercida. Quero tocar o mundo com a minha delicadeza de mulher, com a minha fome de querer nunca desistir.
Não me acho subjugada, não me vejo nessa condição tão démodé. Prefiro ser chamada de empoderada a ver minha força sucumbir. A força que me rege flui na minha pele de mulher, exalta a minha acidez com doçura, o meu domínio como arma de poder.
A liberdade me deixa transparente, e com meu olhar inquietante procuro a minha alma desbravadora. Não travo batalhas alheias, procura apenas não me ausentar daquela força valente que me fez aqui chegar
Eita Vale, tu não vales nada. Por onde tens passado teu rastro de lama vem fazendo a tua fama. Tua gana tem destruído, teu lucro tem nos demolido. Tua fama agora é de matador, só tem trazido dor.
Na lama que percorrer a terra tudo se leva e cala o povo ali para sempre, isso corrói a gente.
A fauna e a flora ali despedaçada, ali encurralada, quanta omissão, isso não tem perdão.
Até quando o governo vai se calar?até quando tantas mortes vamos presenciar.
Na minha pele suada, molhada, meu cheiro exerce uma arma fatal, meu corpo transpira afeto em um desejo quase surreal.
E no meu corpo lindo nu, cheio de nuances de volúpia, aquele apelo para se encontrar, aquela vontade de querer se dar.
Não quero me esconder, quero extravasar desejos, quero ganhar beijos.
E no rigor da minha fome de desejo quero que me virem pelo avesso.
Não me diga não, não jogue fora a nossa história.
Não diga que tudo terminou, que o nosso amor enfim acabou.
Não posso esquecer do teu corpo ardente, não posso esquecer da tua boca quente;
Nada que vivemos em ti ficou?
Será que dessa história a unica memoria foi a tua negação?
Que doce e tamanha desilusão.
