Preciso sim.

As memórias já falhas pelo tempo são digeridas, esquecidas, se perdem no final; E no quadro de incertezas os medos são o destino que enjaulei para não encarar. Meu sonhos já sem brilho, opacos pelo tempo são desviados, trancafiados pela incerteza do alcançar. Não posso mais deixar o medo assim me levar; não posso deixar a dor me calar. Hoje as mentiras estão expostas, tão levianas a me conduzir e tentar me enquadrar; não posso deixar isso me possuir, tenho que refutar , jogar a dor fora e me libertar. Preciso os sonhos resgatar, a beleza em meus olhos enxergar, preciso os muros ultrapassar. Chega de inglórias desvairadas, chega de covardias afobadas. Agora é a hora e não vou deixar passar, preciso dos meus medos me libertar.

Quem tu és?

Quem tu és que passeia por entre os bosques; Erguendo pretensioso o teu manto Fazendo das orquídeas vassalas Desconhece a escuridão da noite? Não, sentencie-me ao breu do desvendar; as luzes a procurar, E o meu amor ir buscar; já não da pra disfarçar a pretensão do Meu tórrido olhar. Os mantos vestem o meu querer, me cobrem de prazer reluzem ao te ver. Nessa busca incansável de paixão vislumbrei meu coração expondo-o em tuas mãos. E ao percorrer bosques infinitos de prazer me deparei com teu olhar, me perdi completamente ao te reencontrar. -----------------------------------------------------------------Rodrigo Santana e Edeneide Xavier

Chega de intolerância

E agora me vejo obcecada, obstinada com instintos aguçados quase supurados, Onde meu coração ensinou a não me acovardar, me ensinou a buscar aquilo que meus desejos assim permitirem ir além ; Quero correr riscos, quero os sonhos buscar, chega de intolerância não preciso mais me ocultar; Não posso da sorte para o azar, preciso é pensar que qualquer seja o final valeu apena eu enfrentar. Isso é persistência isso é determinação , isso é fazer valer a voz que faz entoar o coração.

Inanição

Quando teu corpo percorre o meu, as brasas se manifestam e ardem e fogos de labaredas incandescentes; E ali na exatidão da união dos corpos ardentes de paixão o fogo se propaga em chamas excitantes, diria que delirantes de prazer. Entregamos-nos a nossas vontades para acabar com essa inanição; Nada nos resta do que a promessa de muito se fartar, do que a loucura do querer nossos corpos desejar; Naquele exato momento do delírio a embriaguez nos remete a sentimentos antes esquecidos, E na estupidez do que fomos um dia, queremos lutar sem rebeldia e deixar nosso devaneios nos levar. Vamos deixar nos invadir pela felicidade do reencontrar e guardar esse beijo molhado que só nos faz nos desejar.

O que mais quero

Quero te devorar com meus olhos, adentrar tua alma, te enfeitiçar, Quero em teu corpo repousar e nos teus gemidos me encontrar. Quero na tua pele ser teu esteio, e na sua fala mansa teus devaneios. Quero ao teu lado não me limitar, quero bocas falantes pra teu nome eu gritar; Não preciso de suposições as nossas verdades são exatidões; Quero fugir de utopias e as verdades fazer viver; Quero pra longe as melancolias e os sorrisos agradecer.

Não me peças..

Não me peças o impossível, não da pra te esquecer prefiro deixar de respirar do que deixar te amar; Não peças a distancia, não nos cause intolerância, somos mais que vaidades somos pura realidade; Não me negas o desejo, deixa a vida nos tomar, vamos juntos nos achar. Quero em nossas vidas poder ao teu lado sonhar, construir aquilo que o coração assim edificar; Quero em nossas verdades consolidar nossas tentações, exterminar nossas privações.

Chega, quero é mais ser feliz.

Agora não da mais, cansei de tentar, de me ocultar para deixar você sobressair, parei de me omitir; Agora cansei de chorar, de me lamentar e ter pena de mim, chega de me diminuir. Não quero mais violar meus desejos, esquecer meus delírios e deixar tudo em mim fugir, Quero me mostrar e deixar a vida não me diminuir, quero é mais me agigantar e deixar tudo em mim aflorar. Você foi meu maior erro, meu melhor abandono e a minha mais feliz despedida; Hoje respiro um ar inviolável, sem aquela saudade prurida, sem me sentir invadida

Dê a quem você ama

Dê a quem você ama motivos para não te deixar, Asas para te fazer levitar e juntos vôos alçar; Dê a quem você ama raízes para o amor fixar, Desejos para as vontades saciar; Dê a quem você ama tuas verdades, tuas escolhas idealizadas Tuas manias de não deixá-lo partir; Dê a quem você ama sua cama, tua respiração tua doce emoção.

Chove sertão..

Ai como é bela essa visão vê o céu chorando para nos da a Mao. Chuva fria pra fecundar e alimentar, molha com harmonia o chão do sertão para o sertanejo encantar. Trás esperança pra esse povo tão sofredor, trás consigo a fé de um tempo novo com louvor. Molha o grão faz brotar a semente, trás esperança para tanta gente. Não va embora logo não, fica mesmo que fraca mas não deixa nossos irmãos. Mata a fome desse gado, dessa gente faz eles sorrirem e se alimentar; Traça tua graça para esse povo jamais deixar de lutar. Sertanejo valente com fé e força nunca deixa de sonhar.

Beijo Roubado

E nada é tão precioso quanto um beijo roubado, um encontro esperando de uma amor a tempo idealizado; Nada me faz mais feliz do que a tua Mao na minha pele, tua boca a me provocar e teus desejos a me desafiar; Nada me faz tão bem quanto a sensação da união de nossos corpos sedentos de paixão; enlouquecidos de tesão; Ao te encontrar não pude de ti desviar, joguei fora a solidão, molestei os meus desejos procurando os teus mistérios para te decifrar.

Impossivel

Impossível calar quando a voz quer se soltar e as amarras enfim se esvair, não podemos fingir. Impossível não gritar quando no espelho não nos deparamos com nosso doce olhar; precisamos sempre acreditar. Não da pra entender quando nos perdermos para da ao outra a chance de crescer; precisamos nos envaidecer. Não podemos deixar que a voz latente seja calada quando na estrada as angustias em nós se exaltar. Temos que persistir e não deixar o animo nos fazer desistir.

Sobra ou Falta?

Sobra-me paciência para não te entender, me sobra abandono para não deixar de te querer; Falta-me coragem para nossos planos executar, me falta alegria para a paz ir buscar; Sobram-me verdades para os medos eu deixar partir, me falta vontade de querer ir; Falta-me animo pra tua ausência suportar, me sobra desengano para a dor agüentar; Sobra-me tempo para a saudade machucar, falta-me persistência para essa saudade sanar; Sobra-me espaço no abraço a te ofertar, me falta paciência para essa dor para longe eu levar; Sobre-me covardia para não ir te buscar, me falta alegria para essa vida eu levar.

Não posso

Não deixei de te querer , de sentir tua pele quente a me tocar, De sentir teu corpo ardente a me provocar; Não deixo a minha vontade de te agradar, as minhas ansiedades em te esperar. Não quero que meu corpo esqueça tua boca quente, quero continuar e me entregar de forma eloquente; Não posso desistir do meu ar , quero nas noites quentes as minhas mãos a te acariciar, o meu libido a te chamar para amar; Não posso viver sem teu suor a me molhar, sem tuas mãos a me desenhar, nem sem teus olhos e me penetrar. Não posso desistir daquilo que vou viciada, daquilo que me faz sentir amada.

Negritude

Em meio a nobreza meu sangue sem realeza é negro e não é marginal. No meu gueto o grito é seleto nunca é discreto para minha altivez exaltar. No meu Brasil de tanta miscigenação de corres e raças só vejo a fumaça da desigualdade reinar; Vivo com dignidade, vivo com a liberdade da minha voz soltar; Pago tudo com meu trabalho não devo nada a ninguém e a minha cor não faz o meu caráter; Não me venha com preconceito barato, quero mudar os fatos para minha negritude me fazer valer; Não preciso de adornos ou de brancos para um teto morar, preciso é soltar a minha voz estridente a minha fala latente para o povo encantar. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ps: poema escrito em homenagem a um post colocado por Ellen Oléria vencedora do The Voice onde a mesma relatava a sua indignação por nao ter conseguido alugar um apartamento por puro preconceito

Não quero lamentar

Não posso mais lamentar, tenho que deixar a dor passar. Chega de chorar por quem não me quis, é hora de levantar e ser feliz; Não vou mais me jogar em fantasias delirantes, preciso de realidades esfuziantes. Chega de sonhar com quem não me quer, preciso de uma realidade com sensatez; preciso olhar a vida com mais nitidez; Quero buscar novas possibilidades quero olhar pra mim e sorrir com dignidade Quero mais é ser feliz e não deixar a vida passar por mim.