Em meio a nobreza meu sangue sem realeza é negro e não é marginal.
No meu gueto o grito é seleto nunca é discreto para minha altivez exaltar.
No meu Brasil de tanta miscigenação de corres e raças só vejo a fumaça da desigualdade reinar;
Vivo com dignidade, vivo com a liberdade da minha voz soltar;
Pago tudo com meu trabalho não devo nada a ninguém e a minha cor não faz o meu caráter;
Não me venha com preconceito barato, quero mudar os fatos para minha negritude me fazer valer;
Não preciso de adornos ou de brancos para um teto morar, preciso é soltar a minha voz estridente a minha fala latente para o povo encantar.
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ps: poema escrito em homenagem a um post colocado por Ellen Oléria vencedora do The Voice onde a mesma relatava a sua indignação por nao ter conseguido alugar um apartamento por puro preconceito
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