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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Abriga-me

Senta aqui, atende ao meu apelo em silêncio
Desfaz minhas magoas já tão massacradas da tua ausência
Relata tua saudade não desfaz nossa conquista
Me abriga no nosso ato, de fato sem amarras
Seduz com fúria, em loucuras se perde em meus desejos
Traduz essa entrega sem pressa com comoção
Abala nossas estruturas trancafiando meus ardentes beijos
Em uma boca ávida de querer
Perdoa as horas deixadas como rastos de ausência pelo tempo
Não neguemos as evidências tão expostas, tão jogadas na nossa cara, sem nenhuma falha;
Sucumbiremos nesse ato sem demora com apreço
Sejamos apenas aquilo que o amor nos cala
Sejamos o escárnio das vontades escancaradas
Permita apenas eu e você impregnados de desejos e anseios
E na fuga da nossa liberdade o cárcere do nosso amor é perpetuo
É muito mais do que eu, ou você, é o NÓS na sua blindada totalidade.

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