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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Estilhaços...

Por que não me compreendes, por que me negas o perdão
ando perdida sem teu afeto e atenção
ando desprezado e infeliz sem teu carinho
te procuro a cada porta batida
te procuro nos meus momentos de inconsciência
nas minhas lamúrias e desenganos
te vejo pela frestas das portas
ou quem sa em momentos de puro delírio
estais tão próximo, mas me negas teu abraço
és o ar que respiro a minha mais sóbria memória
és o meu inverso, o meu lamento incontido
o amor que nos une é visceral
pois sou teu sangue e pele
por ti vim ao mundo
e por ti sofro calada
aqui na memória me consumo
na angustia de querer tão pouco
na minha mais pura incerteza do amanhã
me contenho de um nada absoluto
no exagero do que nada fui e do que me resta
me procuro onde nunca me encontrei
e tento me refazer de pedaços
que jamais farão parte
do meu eu em estilhaços....

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