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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Exilada

Em um edifício desgastado pelo tempo, empoeirado viviam mulheres presas pelo destino.
As donzelas que ali habitavam ficavam na sacada a espera do homem imaginário, ser inexistente em suas mentes cravadas de desejos.
Ali do alto, na sacada na triste morada, as donzelas já em prantos se descobriam aprisionadas, vivendo encurraladas em redoma elevadas.
Na imensidão do céu, esse arranha-céu era sua torre vestida em calabouço, e em prantos tais singelas meninas perdidas pelo tempo, errantes inoperantes das suas sinas.
Clamando por socorro em gritos silenciosos saiam em rajadas de vento, gélido como as geleiras glaciais e se perderam sem rumo em um mundo novo, mas sem trilha, sem caminhos conhecidos sem rotas de chegadas e partidas.
As historias se confundiam com suas memórias, já tão sofridas por mentes atormentadas tais donzelas aprisionadas se sentiam ameaçadas por um destino tão fugaz.
E ali, em meio ao caos gerado, tais donzelas errantes voltaram ao seu ponto de partida em plena multidão voltaram a escuridão e sucumbiram a sua sina.
Assustadas pelo inesperado que ali encontraram ficaram alarmadas e refizeram o caminho de volta, tão displicentes, tão distraídas em meio a dor da desistência.
Na sua triste morada, portas, janelas e roupas pelo chão era a nova visão. A quietude as deixaram petrificadas todas tomadas de um sentimento de dor.
Agora não conseguem mais olhar o que os sonhos a fizeram acreditar quando da sacada esperavam o homem desejado.
Retomando o seu caminho, fizeram do seu dia a dia a rotina imperfeita e nelas nãos mais faziam parte os sonhos tão almejados.
E assim termina essa historia, em meio ao desanimo ao triste sonho que ficou pra trás exilado na memória.

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