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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Recomeço

Ali estava ele, tão atônito sem entender nada, a sua mente já em pane, e do alto da sua sanidade, a sua fragilidade podia ser notada.
o rosto estava endurecido pelos duras palavras escutadas, que ainda ecoavam aos seus ouvidos, seu corpo não reage a nada, estático, catatônico, apresentava um caminhar contido, desleixado, antes nunca visto; os olhos já não apresentava o brilho habitual, os lábios murcham sem aquele sorriso que iluminava sua alma. .
As atitudes já não condiziam o que o pensava e era nítido a confusão mental.
Em um dado instante a emoção vem aflorando e ele aos prontos se rende a dor.
E em flashback a mente leva-o aos fotos e la se faz a imagem da amada, tão desesperada pela noticia a dar. Em um breve instante os olhos fazem um ponte e nela o amor antes tão intenso é jogado ao vento pela ausência que ele a faz passar.
Nada mudava pra ele, sempre alegre, trabalhador, um grande empreendedor que respirava trabalho, ela linda, esposa amorosa, sempre ao seu lado, como muito amor pra dar, fazendo seu papel de mulher e companheira, amando-o, respeitando-o, mas querendo um pouco mais de atenção do dono do seu coração.
Nos anos que se arrastaram ela foi sendo minada, pela dor da saudade que ele a fazia passar, mesmo tão próximos, tão juntos, mas ao mesmo tempo tão ausente. Ele tão indiferente os sentimentos que ela precisava pra erguer a relação desgastada pela falta de atenção que ele a submetia.
O seu afastamento era continuo iminente , singular, mas ele não enxergava , se limitava a ser um autista do seu oficio, julgando estar trabalhando em pro a família ali formada, querendo cada vez mais alcançar o sucesso na carreira e não via o abismo sendo formado na sua relação com o seu doce coração, que era a sua razão de querer crescer.
Ela já tão cansada de não ser notada enfim se debateu e não mais calou a voz.
O amor que outrora se fazia presente foi jogado ao vento, dilacerado, mutilado pela não presença daquele amor tão pueril que foi conquistado num passado de muitas lembranças boas.
E agora de volta a realidade ele ao lembrar das duas palavras proferidas por ela, se debate em agonia, em não querer acreditar naquele olhar reprovador que antes era sua fonte de segurança, onde costumavam olhar pro futuro conjuntamente.
E foi ali enfrente ao espelho, em um rosto desfigurado pela dor, que a lembrança dela ao falar que não mais o amava o massacrava, com lagrimas nos olhos, alterado, inconformado julgou ter sido injustiçado, mas ao mesmo tempo a cegueira momentânea o fez recuar.
Olhou mais uma vez no espelho, lavou o rosto e seu espírito de luta veio a tona, o fez acreditar que se um dia a conquistou poderia ter uma segunda chance nesse amor.
E assim o fez, refez o caminho que antes tão bem conhecia e com a força do que ali batia por ela a reconquistou e da segunda chance dada as coisas foram mudadas e a dádiva do amor que um dia os uniu os fortaleceu começando uma nova historia com personagens dispostos a despenhar o seu papel no sentido mais fiel que o ato possa da.

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